quarta-feira, 23 de junho de 2010

Em algum lugar no tempo

O álcool aflora sua sensibilidade. Ouviu uma música chorou sem entender o porquê. Depois doeu ao reconhecê-la e recordar dos bons momentos. Lembrou do que ouviu dele há poucos dias, da dificuldade de estar perto e vê-la, mas que conseguiu se segurar e que esperava que ela encontrasse alguém que a ame como ele. E ao lembrar de outra música disse em resposta: "Não guarde mágoa de mim, nem desapareça. Talvez eu não saiba amar, nem mesmo te mereça". Houve um momento de nostalgia, mas não se arrependeu. O término fez bem para ela.

Agora tem o silêncio novamente, é o que recebe sempre que o machuca, mas não se importa mais. Viverá sem ele, quanto antes acostumar-se melhor. Na verdade já se acostumou faz algum tempo.

Tornou-se uma pessoa "fria" quando o assunto é este tipo de amor, está desacreditada. Nunca foi das mais apaixonadas, oscilava entre momentos de pura paixão e demonstrações desesperadas de amor e outros de indiferença onde as mais belas palavras e gestos afetuosos não a impressionavam em nada. É difícil agradá-la, é imprevisível.

Hoje é mais cautelosa consigo mesma, não tem pressa, não acredita tão fácil em juras de amor, dúvida e diz. Envolve-se despretensiosamente, não visa grandes amores, relacionamentos sólidos ou nada do tipo. O que tiver de ser será. Expectativas dificilmente trazem coisas boas, em sua maior parte trazem decepções. Está feliz sem isso que chamam de amor!



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