quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Com 29 anos, 9 meses e 10 dias de idade, meu primeiro antidepressivo. Nesse meu histórico escrito dá pra perceber que precisava dele há mais tempo. Só agora com a cabeça que não funciona mais, um cansaço extremo e um choro que não cessa, aceitei e esqueci o meu medo de dependência pra enfrentar esse desespero que é o meu medo de solidão. Do ceticismo em que me encontrava me apeguei ao misticismo. Meu horóscopo, iching, tarô e todo tipo de runas disseram que chegou a hora de eu enfrentar a minha solidão e, de alguma forma, antes disso eu senti que era necessário, caminhava pra isso nas tantas vezes que fui mal interpretada. Minha solidão não é deixar de sair com os amigos ou transar sem compromisso. A minha solidão é quando eu volto pra casa e tenho que me encarar de frente e sentir tudo sem o barulho dos outros, me sentir, entender e aprender tudo o que se passa aqui e só eu posso. Espero que ele limpe essa nevoa escura que tem perseguido meus pensamentos pra eu aprender mais um pouco, sem pisar em ninguém e não deixar ninguém pisar nem um pouco ou muito mais.

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Eu lembro daquele dia, eu vendo ele de longe pela primeira vez. E todas as primeiras vezes, como foram lindas aos meus olhos. O dia que ele falou que nunca ia me chatear e disso martelando na minha cabeça no dia que o ego dele me atacava sem motivo. Já faz quase um mês e, apesar de não passar mais mal quando penso e de minha pele queimar menos, ainda me dói um pouco ter me enganado tanto. Ainda fico sem ar.
Amanhã eu vou pro médico, já que eu não devo contar com ninguém, já que eu não posso ter crises, mas tenho que entender as crises dos outros como motivo de ser magoada. Amanhã eu vou pro médico pra me cuidar e parar de voltar sempre pro mesmo lugar, aquele onde eu nunca quis estar.