quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Cale a minha boca!

Seus textos já não são tão bons, mas não se preocupe, tudo bem, pelo menos os seus já foram bons um dia. A fase do encantamento já passou e não faz falta.

Durante um curto tempo cheguei a pensar que poderia ser você a pessoa que calaria minha boca e me faria perder a vontade de olhar pros lados buscando aquilo que não tenho, mas como tudo nesses últimos meses, passou depressa e quando vi já tinha certeza que não. Era melhor deixar pra lá, mais uma vez.

Apesar de ter meus momentos de carência, sou (ou aparento ser) demasiadamente independente pra abdicar de certas coisas, ainda mais neste momento tão conturbado, onde cada instante já é passado e o que seduz sempre está longe do alcance. Sinto que isso vai passar, não posso ser assim pra sempre e se for pra ser,se meu sexto sentido estiver errado desta vez, que seja alguém que me peite e diga o que está errado e que não, não concorda com as minhas teimosias de menina mimada, porque se for pra ter alguém pra vida toda que não seja mais um pateta submisso.






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terça-feira, 28 de setembro de 2010

Muito por nada

Mais de 80 textos. Muito lixo publicado e algum lixo escondido ou deletado. Pouco se aproveita.
Escrever deveria ser uma terapia, mas cada vez que leio, vejo que já sinto diferente. Penso que fazem meses que escrevi quando, na verdade, fazem dias. Fico mais confusa.
As palavras não fazem mais sentido, são desconexas. Colocá-las pra fora já não traz mais tanto alívio, pelo contrário, tanta exposição muitas vezes traz vergonha, pois depois dou-me conta de que há pessoas que lêem o que escrevo. Talvez mais de uma tome posse do que foi escrito, sem saber que logo muda, na verdade nem eu mesma sei. Minhas vontades e sentimentos mudam com uma velocidade que não acompanho mais.
É preciso parar de culpar a falta de progesterona e alterações hormonais, elas contribuem, mas há mais coisas erradas, coisas que mesmo sabendo o que são, não sei consertar.




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terça-feira, 21 de setembro de 2010

"Cafajeste fictício"

O tempo passa, as recordações perturbam, mas orgulho impede transparecer a verdadeira vontade. Ignorar até passar é a única solução encontrada, mas quando menos se espera vem uma manisfestação. O coração dispara, mas apenas algumas palavras são motivo para recordar dos porquês de alguns rompimentos.

A: Como anda seu namorado?
B: Namorado? Já não tenho um desde...ah, você sabe...
A: Mas e aquele feio do nome estranho?
B: O inteligente e gentil? Não sei...nunca foi meu namorado.
A: Ainda bem, você é linda e gos...deixa pra lá. Enfim, pelo que vi, você é demais pra ele.
B: Não sei porque este "dar a entender", já me disse isso tantas vezes com a palavra inteira.
A: É, eu sei.
Tá eu digo mais outras mil vezes[...].
[SILÊNCIO]
A: Me pego relembrando frequentemente de...ah, você sabe tudo o que eu penso sobre você e tudo que vivemos. Lembro de você sempre.
B: Eu também, mas enfim...Contenha-se, você namora.
A: É díficil, não consigo mais escutar nossas músicas e até mesmo chegar perto de você. Sinto medo.
B: Medo?
A: Sim, medo de não me conter, de te querer de novo.
B: Bobagem. Está dizendo isso porque está lembrando...logo passa.
A: Não, você sabe que não é por isso. Penso todos os dias em cada parte do seu corpo, no cheiro, no jeito, na nossa última vez juntos. Ainda sinto vontade de você.
B: Normal, foi especial, mas é passado.
A: Precisava te dizer. Há tempos tento, mas não saía. Tirei um peso.
B: Hum...como se eu já não soubesse de tudo isso.
A: Eu esqueço o quanto você me conhece.
B: Pois é...
A: Bom, vou tomar banho pensando em você depois vou ver minha namorada, não me manda mensagem e nem me liga, por favor.
B: Não acredito no que disse, você não presta! Tome jeito e tenha culhão de assumir a sua escolha, seja ela qual for: ser um namorado fiel ou um cafajeste assumido.




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ps: Absolutamente fictício. Qualquer semelhança com a realidade é meremente coincidência.

domingo, 19 de setembro de 2010

Terceira pessoa/ In no prefixo

Seu ímpeto por só querer pessoas que não são possíveis é incompreensível. A dificuldade é o impulso do seu querer. Porém, como todas as outras coisas para ela, tem prazo de validade.
Ao mesmo tempo que insiste e fixa seu "alvo", se em um prazo estipulado pelo "inconsciente" não for cumprido, desiste. Também esquece com certa facilidade, disso sim tem conciência.

Fixa o alvo, mas não faz nada se isto envolve um bater mais acelerado do coração. Não costuma dar o primeiro passo, a não ser que não haja mudança considerável nos batimentos e seja movida por outro tipo de combustível, um que tem usado demasiadamente e que lhe traz dores de cabeça e arrependimentos no dia seguinte.

Sente-se idiota, não aprende com os erros. Fracassada, escreve sobre si na terceira pessoa, passou a ter vergonha por ser tão indecisa, inconstante e insegura. Encontra vários adjetivos negativos para si quando escreve sobre o que a incomoda.

Decidiu que não fará mais nada, pois quem não faz nada não se arrepende do que fez, e últimamente tem sido melhor se arrepender do que não fez, é menos inquietante e menos vergonhoso.



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quarta-feira, 15 de setembro de 2010

[volta] Planos

Despretensão [...]
- [não me] Levar [tão] a sério quando necessário
- Importar menos
- Machucar menos; e não deixar que [qualquer um] me machuque tanto
- Viver mais e de forma mais suave
- Dedicação: família, alguns amigos [dar valor as pessoas certas]. Estudo das artes [desenho e música]
- Desinfetar as sextas/aos sábados, para eliminar os parasitas que tentam sugar o que há de bom [e as vezes conseguem]
- Trabalhar a auto-estima e o autocontrole; ser mais seletiva
- Voltar a praticar a sábia arte de ignorar
- Rever os critérios do que se deve planejar e do que se deve "deixar pra última hora" ou "fazer se der"
- Cuidar da saúde
- Sentir menos e pensar mais
- Cumprir pelo menos metade dos itens desta lista.



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sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Sexto sentido

Mais uma vez meus pressentimentos foram certos, mesmo assim a revelação aperta coração com a intensidade tão grande que parece que o sangue gela, a respiração se perde. De pressentimento pra realidade a mudança é grande. Sempre acontece, deveria acostumar-me.

Meu sentimento só cresce quando escapa pelos dedos e por mais que queira, não posso mais alcançar.

Quando disse ao meu antigo amor que havia semelhanças entre nós ele me disse: "Prepare-se para sofrer". E agora entendo, em você tenho visto um espelho e a grande filha da puta que sou.




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quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Curiosidade não mata, mas machuca

Descubro coisas que não deveria, na verdade, não quer que eu saiba. "Não quer", porque deste tipo de coisa, dessas que machucam, você sempre deixa vestígios. Eu, como boa curiosa que sou, sempre acho e o quero saber é sempre uma interrogação. Não estou à disposição.

Aprenda a conjugar o verbo querer.



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quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Esclarecimento

A falta de compreensão traz alguns questionamentos que não tem sido respondidos, não por mim. Não entendo mais, se é que um dia entendi. Achei que houvesse algum ponto em comum nesta história curta.

Gosto e sinto falta de forma inexplicável. Passei a demonstrar, pois não sei mais me conter. Alguma coisa mudou e não me contou. Não foi dado tempo para me acostumar. Da água pro vinho. Abruptamente me foi negado tudo o que era dado "facilmente".

Já faz dois meses desde a última vez. Os questionamentos só cresceram, travam na boca. Queria que só uma resposta viesse espontaneamente, mesmo que doesse um pouco. Sou a favor do "quanto antes melhor".

De certo tenho sido carente e dramática. Não deveria esperar compreensão.



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