sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

P.

Já acordo com saudade do som da risada, da beleza do sorriso e dos lindos olhos de girassol. Me olham com tanta ternura, sempre fico constrangida.

Me faz ter vontade de fazer as coisas que nunca gostei e até de não fazer nada, a não ser sentir a presença,o cheiro e ouvir a respiração.

A voz rouca ao pé do ouvido e a barba que arranha o pescoço trazem um leve e agradável arrepio na espinha. As mãos são grandes, firmes e, em pouco tempo, já sabem exatamente a intensidade que devem usar em cada parte do meu corpo. Há sincronicidade e a impressão de que estamos juntos há tempos.

Abri mão da promessa. Abri as portas. Não há arrependimento, tomei a decisão certa.