quinta-feira, 29 de julho de 2010

Metamorfose ambulante

Confusa demais para silenciar. Preguiçosa demais pra tentar entender. Como um cão correndo atrás do próprio rabo, sou eu atrás de respostas que me levem a algum lugar. Isso não é triste, mas também já perdeu a graça. A busca por algumas respostas não preenchem mais os dias vazios. Cansei. Sei que canso fácil demais, mas a culpa não é minha. O que não cativa cansa. Pronto, resposta encontrada!

Não canso do que me cativa, não desisto. Mas ninguém me cativa do jeito que espero. Meu eterno erro: esperar. Aliás, esperar não é o erro e sim as circunstancias em que espero, elas sim estão erradas. A forma certa não seria a inesperada? O inesperado não é mais eficaz, mais apaixonante?
E volto a correr atrás do próprio rabo.



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segunda-feira, 26 de julho de 2010

Cedendo

A dor emocional me abalou tanto que a física logo chegou. Não me deixaram dormir. Senti uma falta como não sentia há meses, falta de alguém que me acolhesse junto ao peito e dissesse: "Vai passar. Estou aqui". Palavras simples que sempre me trouxeram, se não conforto, alguma esperança de que apesar da dor sentida, havia alguém disposto a me fazer esquecê-la.
Não achei que fosse dizer isto tão cedo, talvez seja o meu estado emocional que tem me deixado vulnerável, mas acho que chegou a hora de baixar a guarda e ouvir outros corações, de preferência um semelhante ao meu.




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domingo, 25 de julho de 2010

No sense

A vida poderia ser menos complicada, os sentimentos mais claros e as pessoas mais sinceras. Não sei o que esperar e se devo esperar algo de alguém, aliás, finjo que não sei pra insistir em esperar só pra ter o desprazer de quebrar a cara por vezes seguidas.
Minha sina: quebrar a cara e o coração inúmeras vezes, e como se não bastasse, perder alguns pedaços.

Absurdamente sensível e confusa, assim eu sou. O que ontem me era indiferente, hoje me causa tontura e mal-estar. Qualquer pequeno desentendimento me causa dor, nó na garganta e uma vontade imensa de chorar até desidratar. Dramática, exagero nas palavras e nas mágoas. Impulsiva, faço e depois penso. Não queria magoar ninguém, mas magoou sem saber. Mentirosa, digo por vezes seguidas que não preciso de alguém e que não quero amor, não queria, se ele existir, agora o quero. Iludida, idealizei a perfeição, mas não a encontrarei. Insegura, nunca confiei e não confio em mim. Incrédula, não acredito facilmente nas pessoas.

Tenho sentido um turbilhão de sensações, boas e ruins. Queria me encontrar, ser encontrada e encontrar. Parar de idealizar, mas ser a idealização de alguém. Não esperar, mas se a expectativa. Ou ao menos, alguma reciprocidade que confortasse e tirasse de mim essa sensação de que tudo é decepção.



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quarta-feira, 21 de julho de 2010

Repeat

Músicas repetidas me distraem e fazem bem. Não dão oportunidade pra reflexões desnecessárias.

Evitar dores ainda é e sempre será meu lema!



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segunda-feira, 19 de julho de 2010

Retiro

A janela ficará fechada por um tempo, não quero saber o que se passa lá fora, sol ou chuva, não estou disposta a observar, admirar, deixar entrar e entender, pelo menos não por esses dias. As vezes são necessários momentos de retiro, mesmo que breves. Esses momentos são percebidos quando muitos questionamentos são feitos e poucos respondidos.

De janela fechada a chuva não vai me molhar, causar danos ou deixar doente. O sol não vai aquecer ou até mesmo queimar, próximo ou distante, não trará felicidade, não que eu não quisesse receber, mas parece que ele não está disposto a proporcionar, pelo menos não agora, não pra mim.

Quando o retiro acabar preciso aprender a andar de guarda-chuva, não sei quando a chuva pode aparecer. E a sempre passar protetor, minha pele é demasiadamente sensível, o sol é nocivo, não faz por mal, mas machuca as vezes.




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quinta-feira, 15 de julho de 2010

Desafio

Te desafio a não continuar a corrente, a quebrar o gelo e talvez quebrar a cara. A deixar de lado o medo, as podas e meias palavras. A descobrir que sou fria só as vezes e a correr o risco de ser com você. A largar a pressa, a obrigação de dar certo e simplesmente viver. A parar de tentar evitar o inevitável, se tiver que acontecer vai acontecer, seja o que for. A não se martirizar, sofrer com conclusões precipitadas. A aparecer sempre que possível, porque sinto falta. A parar só quando houver sinal fechado e tentar interpretar os sinais comigo. A dar a chance de apaixonar e apaixonar-se. A tirar-me de mim, saciar a vontade de beijo, saliva, toque, pele e presença. E por fim te desafio a me dar crédito, parar de acreditar que estou presa ao passado e que não sou um ser apaixonável.

Não sei se haverão decepções, isso não é uma decisão que cabe a nós. Vamos nos permitir, privações não valem a pena. Não sei se pode dar certo, mas também não me preocupo, a minha preocupação está em não saber se te faço o bem que me faz.




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segunda-feira, 12 de julho de 2010

Hoje

Não chove mais nas tardes de sábado e também eu não choro mais junto a chuva. A chuva sempre aparecia, mas não era ela quem prometia me fazer companhia.
Hoje em vez de chuva é o sol que aparece sem prometer ou avisar, simplesmente chega e coloca um sorriso no meu rosto, sentimentos bons no peito, saudade quando se põe e a sensação boa de saber que mesmo que longe me faz bem.



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quarta-feira, 7 de julho de 2010

Eterno

Há coisas que não mudam. Falta de palavra e atitude são algumas delas. Coragem também, coragem de assumir o que se quer sem medo do que parecerá para os demais. Mas mesmo que o segredo seja mantido pro mundo, falta assumir pra si mesmo o que ainda se sente.

Quando assumir será tarde demais, aliás, agora é tarde demais. Mais uma vez, tolerância e compaixão foram praticadas e em troca foi recebida mais uma demonstração de "babaquice". Dessa vez o silêncio mudará de lado.

Algumas pessoas não nascem para ser segunda opção. Não toleram e não esperam por muito tempo e acabam quebrando promessas.

Finalmente um ponto final.




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terça-feira, 6 de julho de 2010

Necessário

Pego-me várias vezes pensando em como não aproveitei bem nossos momentos, pois depois fazem-me falta. Apesar da minha ânsia em demonstrar carinho todo o tempo ainda sinto que não foi suficiente e assusto-me ao notar tal necessidade. Nunca fui assim, pelo contrário, suplicas por carinho me eram feitas e quase nunca atendidas.
Sinto falta do cheiro, abraço e presença, mesmo que distante. E sinto ainda mais por achar que esse "sentir falta" talvez não seja recíproco.

Há quem diga que o nome disso é paixão, eu digo que não, mas que pra mim tornou-se necessário. Não sei em que momento e como chegou a isso, só sei que não importa como, não quero viver sem.



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sexta-feira, 2 de julho de 2010

Confusa

Tudo ou nada, nunca há um meio termo. Não sabe lidar com falta nem excesso. Cuidou só um pouco de seu jardim e houve um panapaná. Tantas borboletas que não sabe a qual dedicar-se. São tão bonitas, tão queridas, tão especiais que para e só as observa (com exceção de uma que tem sido a mais especial). Por mais que não queira dedicar-se a nenhuma, as vezes sem perceber, dedica-se de coração. Mas se pergunta: Não precisava de um jardineiro de vez enquando? Borboletas sabem cuidar de jardins ou só aparecem quando estão bem cuidados?



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