quarta-feira, 30 de junho de 2010

Corrente

Na última conversa ela deixou claro a sua insatisfação e a falta de credibilidade que tem nos homens por causa dele e ele disse que os homens não são todos iguais. Ela pensou: "Ainda bem", mas não disse. Viu a insegurança e esconderijo dele em um novo relacionamento, um lugar seguro de uma pessoa totalmente entregue a quem não a merece. Sentiu pena de ambos, dele por só ter este refugio e dela por ter se apaixonado de forma insana por alguém como ele, cujo sentimento não é recíproco. Ao observar seu entorno teve mais certeza de suas decisões.

Não se pode lidar com os sentimentos alheios antes de aprender a lidar com seus, é egoísta, é cruel. Assumir um relacionamento para apagar um outro é imaturidade. Parece uma corrente para ver quem machuca mais. Ela começou essa corrente, mas não vai terminar.




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sexta-feira, 25 de junho de 2010

DESABAFO/ Sob efeito do álcool/ Borboletas fdp

Aquela frase idiota das borboletas faz sentido pra mim agora: "O segredo é não correr atrás das borboletas.É cuidar do jardim para que elas venham até você". Borboletas filhasdaputa. Parece que correm no mesmo sentido, só que mais rápido e você nunca as alcança. Se ficar "parado" e se preocupar mais com você e menos com elas, elas vêm, então vai ser assim. Não irei atrás de mais nenhuma, vou cuidar do meu jardim, ou...sei lá. Aliás, não farei mais planos. É! Foda-se essa frase também, já deixou de ter sentido. Vou fazer o que me der vontade, na hora que me der vontade e se houver vontade. E na verdade não preciso de borboletas, eu preciso é de um jardineiro, as vezes, talvez...É, as vezes! É bom ser cuidada de vez enquando, mas sempre tira a paciência. Um jardineiro freelancer sem carteira assinada, é isso! Mas sempre é oito ou oitenta. Há alguns desencontros. Definitivamente seres do sexo masculino não sabem interpretar sinais e muito menos eu sei. Levo como der e se der pra levar.

Evitar dores é meu lema.




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quarta-feira, 23 de junho de 2010

Em algum lugar no tempo

O álcool aflora sua sensibilidade. Ouviu uma música chorou sem entender o porquê. Depois doeu ao reconhecê-la e recordar dos bons momentos. Lembrou do que ouviu dele há poucos dias, da dificuldade de estar perto e vê-la, mas que conseguiu se segurar e que esperava que ela encontrasse alguém que a ame como ele. E ao lembrar de outra música disse em resposta: "Não guarde mágoa de mim, nem desapareça. Talvez eu não saiba amar, nem mesmo te mereça". Houve um momento de nostalgia, mas não se arrependeu. O término fez bem para ela.

Agora tem o silêncio novamente, é o que recebe sempre que o machuca, mas não se importa mais. Viverá sem ele, quanto antes acostumar-se melhor. Na verdade já se acostumou faz algum tempo.

Tornou-se uma pessoa "fria" quando o assunto é este tipo de amor, está desacreditada. Nunca foi das mais apaixonadas, oscilava entre momentos de pura paixão e demonstrações desesperadas de amor e outros de indiferença onde as mais belas palavras e gestos afetuosos não a impressionavam em nada. É difícil agradá-la, é imprevisível.

Hoje é mais cautelosa consigo mesma, não tem pressa, não acredita tão fácil em juras de amor, dúvida e diz. Envolve-se despretensiosamente, não visa grandes amores, relacionamentos sólidos ou nada do tipo. O que tiver de ser será. Expectativas dificilmente trazem coisas boas, em sua maior parte trazem decepções. Está feliz sem isso que chamam de amor!



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sexta-feira, 18 de junho de 2010

Sem volta/ plágio

Não adianta me procurar, você não vai mais me achar onde deixou. Encontrei o meu lugar, talvez seja triste (pra alguém) por não ser perto de você, afinal, tantos planos foram feitos, o futuro parecia tão certo. Mas esqueci o caminho de volta e estou mais feliz do que a quase 5 meses atrás.
Caminhos totalmente diferentes foram tomados. Seguimos estradas opostas.
Agora fica difícil entender como durou tanto tempo.


Disse: "Existiu amor".



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quinta-feira, 17 de junho de 2010

Mesmo santo

Não, você não ama. E você também não, não está apaixonado. E você, ah você nunca disse nada do tipo, então está bom.

O mesmo estereótipo físico e personalidades totalmente diferentes. Cada um com seus defeitos e virtudes. Um trio de sorrisos, um trio de encantos. Só um faz o coração bater mais rápido, mas nenhum inspira amor.



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quarta-feira, 16 de junho de 2010

Incógnita

É cativada, mas não cativa. As vezes acha que cativa, mas é por pouco tempo, logo se dá conta do engano. O legal se torna chato. Torna-se desinteressante. É facilmente substituída. Cheia de imperfeições. Só a conseguem suportar os que a amam de verdade.
Nada está bom, quer sempre mais, mas ao mesmo tempo o simples lhe faz feliz. Se irrita a toa. Quando falam dela leva sempre pelo lado negativo e se chateia. Sua auto-estima nunca foi muito boa, havia melhorado, mas sempre tem recaídas. Não se aceita e não faz nada pra mudar.
Não sabe interpretar sinais para aproximar-se ou afastar-se, sempre deixa o momento certo escapar. Se diz forte, mas não o é sempre. Ela mesmo não se entende. É uma incógnita para os outros e para si.



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Quando você não esperar vai doer e eu sei como vai doer. Vai passar como passou por mim e fazer com que se sinta assim, como eu senti, como eu vi, como eu vivi, como eu cansei de tentar.
Eu sei que vai ouvir, eu sei que vai lembrar, vai rezar pra esquecer, vai pedir pra esquecer, mas eu não vou deixar. Eu não vou deixar.




Já esqueci.


ps: adaptação trecho Milonga.
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segunda-feira, 14 de junho de 2010

Sintomas de paixonite aguda

Perdi o sono por você, bendito!
E você não sabe e não vai saber.


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Arrependimento[s]

É honesta [lê-se boba] demais, não quer compromisso algum, mas sua conciência é demasiadamente puritana. Há quase 4 meses não beija outra boca que não seja a dona do sorriso mais bonito que vira na vida. Não por amor,nem falta de oportunidades. Há sim, muito carinho, mas não é por conta disso e sim por não conseguir. Sua conciência a acusa.

Não se priva por ninguém, mas por si. Logo se arrepende. Esperou tanto tempo por algumas oportunidades para disperdiça-las sem pensar muito. Logo se arrepende. As vezes sente que só a boca dona do sorriso que a cativou é merecedora de seus beijos. Quanto a isso algumas vezes se arrepende de pensar, mas não de fazê-lo. Tem vergonha de dizer ao seu parceiro de brutalidades [
o mais ignorante e um dos mais queridos] o que guarda há tanto tempo. Não se arrepende, no fundo ele sabe. O momento oportuno parece nunca chegar.

Não cobra de ninguém postura semelhante a sua, afinal é uma escolha tomada sem opiniões e palpites alheios. As vezes se chateia por deixar transparecer seu lado sensível, frágil e carente. Se chateia, pois percebem que não é tão independente assim, que apesar de ter aprendido a viver consigo mesma as vezes precisa de alguém por perto, por mais que não queira.




Com pressa de viver?
-Nenhuma!

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sexta-feira, 11 de junho de 2010

Otimista

Acordou bem consigo mesma. Viu a confirmação de que aquele que dizia estar por todo sempre já arranjou outra para estar por todo sempre até que dure até sei lá quando. Pensou e disse: "Chocou, doeu, passou", na primeira vez não era totalmente verdade (apesar de não ter doído como achara que doeria), mas agora é verdade. Agora pensa:"Vá com Deus, vá em paz, que seja feliz...ela tem mais a ver com você. Se é que me entende" e agora até ri disso e lembra no que ouviu dele e pensa: "Nossa, ela parece comigo é? Tá bom então! Cuidado, rs". Se recupera rápido deste tipo de frustração, rápido até demais.
Acordou bem por perceber que amanhã será um dia especial para os "enamorados" e vai passá-lo com as amigas (as mais lindas e especiais). É sim, feliz por isso. Não teve as preocupações que antecediam as datas "especiais" para ela, nem a chateação de perceber que o namorado pela quinquagésima vez deixou tudo pra última hora e fez tudo de qualquer jeito e demonstrou pra ela que não presta atenção nas formas que ela expressa sua personalidade. Aliviada, livre e finalmente feliz, aprendeu a viver consigo mesma!


"Um belo dia resolvi mudar
E fazer tudo o que eu queria fazer
Me libertei daquela vida vulgar
Que eu levava estando junto a você
E em tudo que eu faço
Existe um porquê
Eu sei que eu nasci
Sei que eu nasci pra saber
E fui andando sem pensar em voltar
E sem ligar pro que me aconteceu
Um belo dia vou lhe telefonar
Pra lhe dizer que aquele sonho cresceu
No ar que eu respiro
Eu sinto prazer
De ser quem eu sou
De estar onde estou

[...]"

Agora só falta você? Aaaah, não falta não, não falta mesmo!



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quinta-feira, 10 de junho de 2010

Menos títulos, mais sinceridade

Após algum tempo fazendo amizade com mais homens que mulheres pude perceber: homens são ótimos amigos e cafajestes em potencial.[P O N T O ]

Encontrei raríssimas exceções que, ou escondem muito bem ou realmente tem um caráter exemplar. Outros depois de uma certa idade dizem-se "recuperados", mas eu particularmente não acredito. Mas quem sou eu?!

O que me deixa mais descrente quanto ao sexo masculino é que transformam-se em três seres distintos quando o assunto é relacionamento, são: um para namorada, famíliares e pessoas do convivio social. Outro para os amigos mais intímos. E mais um para as próximas "vítimas".

Para a namorada, famíliares e pessoas do convivio social: um cara cegamente apaixonado, não permite que ninguém imagine a quantidade de cafajestagens que faz. É um bom ator.

Para os amigos: conta todas as pilantragens, ri alto e mal se lembra da existência da namorada.

Para as próximas vítimas: neste caso depende, hora é bom moço, talvez discreto ou até descarado. Isso depende de quem está atacando, antes de mostrar-se verifica o terreno. Pra mim na maior parte das vezes são descarados.

No caso dos amigos é que tenho mais experiência (apesar de haver suspeitas de que fui a namorada traída durante anos, mas como não sabia essa experiência não conta muito pra mim). As frases que escutei:

-"Vou terminar, a menina é muito chata, nada a ver comigo. Cheguei ao limite!"
(uma semana depois depoimentos apaixonados e um "namorando" no status do Orkut)

-"Eu namorando? Nunca, ninguém me muda assim em tão pouco tempo!"
(um mês depois aliança no dedo)

-"Oi amor [...]. Tô cansado, vô sair daqui e ir direto pra casa, boa noite, dorme bem, te amo".
(vai direto pra gandaia e já tem esquema definido)

-"Eu acho que daríamos certo juntos. Que acha de namorar comigo?". - "não"
(pouco tempo depois namorando com outra)

-"Se eu ficar com você eu vou te pedir em namoro logo em seguida. Certeza!"
(frase repetida no mínimo 10 vezes pra meninas diferentes e continua solteiro)


Perdi as contas de quantos enchem a boca pra dizer: "MINHA NAMORADA" e depois...É melhor deixar pra lá. E AI de você se falar que ele é cafajeste, ele imagina em você a face da namorada e diz: "Eu cafajeste? Nunca. Eu amo minha namorada!", para a encenação e ri ou não, continua firme acreditando na própria mentira.

Fora as coisas que acontecem comigo:"Olha eu tô namorando!". Tá é? Então sai do meu pé. E muitas outras coisas que não merecem ser comentadas, dá desgosto.

Não acredito mais em relacionamentos, pelo menos até que me provem o contrário. Não vejo mais um casal que eu olhe e pense: "Nossa, esses se amam. Com certeza vão se casar". Tenho visto muitos relacionamentos supercificiais, comodistas e cheios de mentiras. Pra ser assim por que colocar títulos nas relações? Prefiro não ter títulos, mas sentimentos mais sinceros.


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quarta-feira, 9 de junho de 2010

Seja você

"Eu não te completo
Você não me basta
Mas é lindo o gesto de se oferecer
O que eu quero nem sempre eu preciso
Mas dê um sorriso quando me entender
Seja você
Seja só você..."

terça-feira, 8 de junho de 2010

Braço torto

Agora com a liberdade os olhares voltam a se entender. Disfarces aos poucos vão caindo. As lutas fantasiosas não convencem mais, nem aos dois e nem aos espectadores. Há mais de um ano sabem, disfarçam e se batem pra não abraçarem. Só sabem fazer um ao outro rir até a nuca ou a barriga doerem, é válido, mas sempre quiseram mais, só não sabem como e o que fazer. Os braços não se dão a torcer e um deles não se dará, mas não faz mal, um já tem o braço torto mesmo, acabará cedendo.

domingo, 6 de junho de 2010

Quebre as correntes


E o que fazer
Quando não estão mais nem aí para você?
Quando seu mundo não passa de uma prisão?

E o que dizer
Quando a sua vida não é igual a da TV?
Quando as pessoas tratam mal seu coração?
(Quebre as correntes)

Prometa não chorar e não se arrepender
Não chorar...não chorar...
O que você precisar se encontra em você
Não Chorar...não chorar...

E como agir
Se mãos amigas se transformam em punhais?
E todos acham que você não é capaz?

E o que sentir
Quando até mesmo você chega a duvidar
Que ainda existe alguma chance de virar
(O jogo pra você)

Não vou deixar desmoronar
Castelos que eu construí
Com minhas mãos na areia
A vida tem de prosseguir

Prometa não chorar
E não se arrepender
Não chorar... não chorar...
O que você precisar
Se encontra em você
Não chorar... não chorar...


Lucas Silveira


Os verdadeiros

Expus desesperadamente a necessidade de um abraço. Aos prantos, pedi sua presença, a dor era muita. Só apareceu depois de dois dias. Não adiantou tanto como adiantaria na hora em que pedi, a necessidade diminuíra, afinal, não há necessidade do abraço e presença de alguém que espera a hora mais cômoda e não a que há sede de algum afeto, para fazer jus a sua importância. O orgulho de esperar seu momento egoísta só me fez reconfirmar: é, definitivamente não foi feito pra mim como sempre disse.

Os que se importam e que queriam estar perto não podiam e os que podiam, não queriam e simplesmente viraram os rosto pra não ver. Nas horas difíceis você vê quem se importa de verdade, os verdadeiros amigos. E os meus dá pra contar nos dedos de uma mão só.

Faltam palavras


Nossas vidas tomarão um novo rumo sem você. Você era meio rabugento e díficil de lidar, mas vai ser pior sem você aqui. Foi repentino, essa semana você estava aqui brincando conosco e sem nenhum aviso sumiu. Talvez tenha ido atrás do seu amor, mas seus filhos não mereciam isso. Filhos não deveriam perder seus pais tão cedo.

É muita tristeza, muito vazio, não há muito o que dizer.

Vá com Deus, que encontre sua paz.


terça-feira, 1 de junho de 2010

Rifa-se um coração



Rifa-se um coração quase novo.
Um coração idealista.
Um coração como poucos.
Um coração à moda antiga.
Um coração moleque que insiste
em pregar peças no seu usuário.
Rifa-se um coração que na realidade está um
pouco usado, meio calejado, muito machucado
e que teima em alimentar sonhos e, cultivar ilusões.
Um pouco inconseqüente que nunca desiste
de acreditar nas pessoas.
Um leviano e precipitado coração
que acha que Tim Maia
estava certo quando escreveu...
"...não quero dinheiro, eu quero amor sincero,
é isso que eu espero...".
Um idealista...Um verdadeiro sonhador...
Rifa-se um coração que nunca aprende.
Que não endurece, e mantém sempre viva a
esperança de ser feliz, sendo simples e natural.
Um coração insensato que comanda o racional
sendo louco o suficiente para se apaixonar.
Um furioso suicida que vive procurando
relações e emoções verdadeiras.
Rifa-se um coração que insiste em cometer
sempre os mesmos erros.
Esse coração que erra, briga, se expõe.
Perde o juízo por completo em nome
de causas e paixões.
Sai do sério e, às vezes revê suas posições
arrependido de palavras e gestos.
Este coração tantas vezes incompreendido.
Tantas vezes provocado.
Tantas vezes impulsivo.
Rifa-se este desequilibrado emocional
que abre sorrisos tão largos que quase dá
pra engolir as orelhas, mas que
também arranca lágrimas
e faz murchar o rosto.
Um coração para ser alugado,
ou mesmo utilizado
por quem gosta de emoções fortes.
Um órgão abestado indicado apenas para
quem quer viver intensamente
contra indicado para os que apenas pretendem
passar pela vida matando o tempo,
defendendo-se das emoções.
Rifa-se um coração tão inocente
que se mostra sem armaduras
e deixa louco o seu usuário.
Um coração que quando parar de bater
ouvirá o seu usuário dizer
para São Pedro na hora da prestação de contas:
"O Senhor pode conferir. Eu fiz tudo certo,
só errei quando coloquei sentimento.
Só fiz bobagens e me dei mal
quando ouvi este louco coração de criança
que insiste em não endurecer e,
se recusa a envelhecer"
Rifa-se um coração, ou mesmo troca-se por
outro que tenha um pouco mais de juízo.
Um órgão mais fiel ao seu usuário.
Um amigo do peito que não maltrate
tanto o ser que o abriga.
Um coração que não seja tão inconseqüente.
Rifa-se um coração cego, surdo e mudo,
mas que incomoda um bocado.
Um verdadeiro caçador de aventuras que ainda
não foi adotado, provavelmente, por se recusar
a cultivar ares selvagens ou racionais,
por não querer perder o estilo.
Oferece-se um coração vadio,
sem raça, sem pedigree.
Um simples coração humano.
Um impulsivo membro de comportamento
até meio ultrapassado.
Um modelo cheio de defeitos que,
mesmo estando fora do mercado,
faz questão de não se modernizar,
mas vez por outra,
constrange o corpo que o domina.
Um velho coração que convence
seu usuário a publicar seus segredos
e a ter a petulância de se aventurar como poeta


Clarice Lispector