segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

O décimo sétimo: bonito, muito mais feminino do que eu. Cabelos longos, ondulados e claros, olhos azuis e pele perfeita. Conversamos como amigos a noite toda. Foi chamado de garota muitas vezes, não se importa mais. "Isso que dizer que sou bonito e bem cuidado", ele dizia com um tom de leonino que se ama e se conhece. Beijos que se encaixaram, mas foi só isso. O décimo oitavo: não sei nem se merecia nota, escorpiano, apesar de bonito, inteligente, gostoso e tantas outras qualidades, não me tocou, e depois de umas horas, de um dia para o outro, mesmo tendo desejado demais tudo aquilo que estava acontecendo, já não tinha mais graça e eu só sabia desejar o décimo nono que veio no mesmo dia a tarde. O décimo nono: sagitariano, o tipo de pessoa por quem eu me apaixono e procuro. Grande, parece tímido, sorriso bonito, despretensiosamente carinhoso...mas é sempre a mesma coisa.

Parece que o remédio tem deixado tudo sem cor. Sempre mais do mesmo, sem empolgação a longo prazo. E mesmo quando há me conformo que o fim é sempre drama. Minha obsessão já não me dá mais tanto prazer. Queria encontrar o meio termo entre minha paz de espirito e os prazeres saciados. Queria o meu eu sem remédio, mas sem a tristeza e ansiedade que vem junto.

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