domingo, 21 de junho de 2015

Nós nunca daríamos certo, bonito, mas eu tenho pensado em você todos os dias. Lembro das raras e deliciosas vezes que se soltou comigo, das nossas conversas intermináveis e do silêncio reconfortante que vinha, as vezes, acompanhado de um longo e aconchegante abraço. Te quero porque não posso ter. Eu me saboto, venho me sabotando. Se pode dar certo eu não quero, não serve. Desisto.
Você nunca ficaria e eu sempre soube, desde aquele dia que me beijou sem que eu esperasse. Me agarrei com todas as forças pra anular qualquer possibilidade de alguém que tivesse alguma chance e tirasse esse lugar intocável que eu te dei e que fizesse o que fizeram comigo antes de você chegar. Chamei todos como te chamava, bonito, não por mal, eu sou assim, cheia de repetições impulsivas e pouco reflexiva pra sentimentalismos alheios. Fiz com eles tudo que gostaria de ter feito com você, não por mal, mas diferente de você respeito minhas vontades e não tenho medo dos erros.
Nesses dias que você está distante há alguns meses, e na iminência da sua partida, eu venho pensando que todas as chances acabaram de vez. Não a chance de sermos algo, está claro que ela nunca existiu, mas a chance de saciar as nossas vontades, ou a minha vontade egoísta de te sentir sem medos, sem pressão e sem nossos fantasmas. E de novo, eu não quero que você seja meu, eu só quero você comigo como nunca quis alguém. Só queria não ficar mais chateada por você ou por mim, ou talvez por um nós que não existe e nunca existirá.


Nenhum comentário:

Postar um comentário