domingo, 12 de janeiro de 2014

"Nós apertam, laços enfeitam"

Nó, eu tive um nó muito apertado e dolorido. Me doía quase o tempo todo e quando, enfim, foi desatado, permaneceram as marcas,  marcas que doíam como cicatriz em tempo de chuva.
Você veio, veio leve e simples, fizemos um laço bonito. Sorriu, me encantou, me tirou uns suspiros e depois me roubou um beijo e eu outros tantos. Me ofereceu ajuda, me ajudou sem saber e me fez rir em momentos que queria muito chorar. E mesmo quando eu chorei ganhei abraços ou palavras que me aliviaram o peso da grande tristeza que sentia. Me olhava de um jeito tão bonito quando elogiava meu olhar, quando lembro meus olhos ficam marejados. Mas aí você resolveu ir embora pra longe... Em breve, a distância física ficará imensa, mas desde então a distância emocional está muito grande. Sei que tem um nó como o que eu tive, sei que está difícil de ser desatado e que, talvez,  nosso laço fosse frágil demais. Sei também que a única jura que fizemos foi de sermos sinceros um com o outro. Conseguimos cumprir até agora.
Seu olhar bonito ficou triste e confuso, não existem mais beijos roubados e eu sinto muita saudade da sua companhia, das nossas conversas diárias, da sua pouca barba no meu pescoço e de arranhar meus lábios no seu queixo. De como nos demos bem desde a primeira vez...
Depois que decidimos ser só amigos pra não nos machucarmos eu tentei com outras pessoas e eu não queria admitir, mas acho que gosto de você mais do que gostaria, mais do que deveria. Estou escrevendo isso e decidindo não te contar. Não vou cumprir nossa jura e não vou ser sincera com você dessa vez.

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